Vasco na final da Copa do Brasil

Só temo uma coisa nesta final contra o Coritiba. O Vasco não pode, sob hipótese alguma, deixar a soberba sobressair sobre sua vontade de voltar a ser campeão.

O Coritiba tem menos tradição, menos títulos e menos história. No entanto, é o time com mais vitórias neste começo de ano no Brasil. A camisa tem peso, mas o que importa é o futebol apresentado em campo.

Apesar da boa fase, o Vasco ainda apresenta certa inconstância. O 1 x1 em São Januário, contra o Avaí, é prova disso. A turma da colina se afobou, correu mais que a bola e sofreu para empatar a partida.

Ricardo Gomes trouxe um jeito de jogar que encaixou bem, mas os grandes testes ainda não chegaram. É importante colocar as barbas de molho e garantir um bom placar em São Januário, na primeira partida da final.

Já se vão oito anos desde o último título, um Carioca em 2003. Esta parece ser  melhor equipe cruzmaltina dos últimos anos. A comprovação pode estar aí, diante dos olhos da torcida. Faltam dois jogos contra o Coritiba.

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Retorno

Não, nossa paixão por futebol não acabou. Foi a vida, meus caros leitores, que nos afastou deste nobre espaço.

Cá estamos de volta, no entanto, aproveitando o reinício do Brasileiro e as finais da Copa do Brasil.

Sem mais delongas: aos trabalhos!

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Uma discussão sem fim

Essa semana acompanhei fielmente a rodada toda, grudado na tv durante os 3 horários de futebol do meio de semana. Fiz isso porque o campeonato está chegando na sua reta final e os jogos ganham em emoção. Triste é constatar que se por um lado sobra emoção, por outro falta qualidade. Essa é a minha opinião, mas não demoro para achar quem discorde de mim.

Proponho um desafio: tente zapear entre os jogos que estão sendo disputados no mesmo horário. Em um, o goleiro vai estar batendo o tiro de meta, no outro um meia vai estar cavando uma falta e no outro, o jogo vai estar paralisado. Esse é o ritmo dos jogos do Brasileirão. É fácil trocar de canal e ver 2, 3 jogos ao mesmo tempo, sem perder nenhum lance capital.

Tentei fazer um exercício com o co-piloto desse blog para eleger times brasileiros que tenham 4-5 jogadores muito bons. Posso até ser muito crítico, mas parei no São Paulo, Grêmio, Inter e, com muito esforço, Corinthians e Fluminense. De verdade, mais da metade do plantel dos times que disputam a série A podiam estar na B tranquilamente, o nível é parecido.

Quantos gols igual ao do Lucas contra o Cruzeiro vimos nesse campeonato? É raríssimo ver um gol em que não há falha da zaga, só méritos do time atacante. Os times não têm jogada armada, não há duelo tático durante o jogo. Um drible ou uma falha decidem a partida.

O limiar entre perder e ganhar é muito tênue, taí o porquê de tantos empates esse ano. Esse tipo de emoção pode até fazer os torcedores do Fluminense perderem as unhas, mas não chega a cativar um mero espectador casaca. O jogo é chato, estudado demais, muito toque pro lado, muita falta boba, poucas arrancadas. Deviam dar um bônus pros narradores por conseguirem manter a emoção lá no alto.

Pode até ser que eu esteja sugestionado de alguma forma por acompanhar tanto o futebol europeu. Ou sou daqueles que se dislumbram com o que vem de fora, bem tupiniquim mesmo. Penso que se eu comparasse com os outros países sulamericanos, com certeza estaria menos revoltado. Mas não consigo não me irritar quando ouço que temos o melhor campeonato do mundo. Enquanto o êxodo não diminuir, não cortarem a grama mais baixa e não fizerem uma reforma da arbitragem, dificilmente o quadro vai mudar.

 

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Quem não faz, leva.

O futebol é simples. As suas leis também. São só 17 regras, mas na verdade só uma é fundamental para começar a brincadeira: a regra 2, a bola.

Nas ruas, nas peladas, onde o futebol é ainda mais simples, existem vários ditados que ensinam mais que os números e movimentações táticas.

“Quem se desloca, recebe.”

“Quem pede tem preferência.”

“Não se cruza a bola dentro da área.”

“Deve-se marcar o jogador e não a bola.”

“Quem não faz, leva.”

Esta última, importantíssima, parece ser desconhecida dos jogadores do Vasco. As parcas seis vitórias, e os exagerados 12 empates, em 23 jogos, apontam a razão para a posição mediana na tabela do Campeonato Brasileiro. No clássico contra o Botafogo, o Vasco fez  dois a zero, quando poderia ter feito quatro. Tomou o primeiro gol e continuou a desperdiçar oportunidades. Até que sofreu o empate, em 2 a 2.

Empatar é péssimo negócio. Um ponto é mais próximo da derrota do que dos três pontos dados para cada vitória. Portanto, um pouco mais de ousadia na escalação e mais investimento na qualidade dos atacantes contratados poderia dar mais ambição ao time da Colina. Sem finalizar o adversário, dá-se a chance de ele crescer na partida. O Vasco não faz, e então, leva.

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Sem procurar culpados, isso é futebol.

Então o campeonato brasileiro começou a tomar forma. Os times são esses aí, as posições já estão mais ou menos sacramentadas, quem está na parte de cima fica lá, quem está na parte de baixo não sai, salvo alguma exceção  (Ceará/Grêmio).

Aonde o Flamengo se insere nesse campeonato? De verdade, não dá muito pra saber, tem potencial para Libertadores, porque Santos e Inter abrirão fatalmente 2 outras vagas, mas pode acabar na zona da marola, porque o futebol brasileiro se decide em um detalhe.

Ontem, o jogo do Flamengo foi um retrato disso. O campo, uma vergonha. Os times se equilibram na escassez de talento. Uma bola alçada na área, gol do Flamengo. Val Baiano teve a chance de decidir, uma chegou atrasado de cabeça, na outra o campo atrapalhou. Foi lá o Guarani, bola alçada na área, desvio, gol. Um minuto depois, bola no ataque, chute de bico, desvio, gol.  E assim perde-se 3 pontos. Não há culpados, isso é futebol, acontece. Azar do Flamengo, sorte do Guarani. Chamo atenção para o detalhe que ganha jogo, sem contar com erros de arbitragem, que tornam o resultado ainda mais imprevisível. E nesse jogo foi a atuação do árbitro foi lamentável, com requinte de desonestidade e tudo.

Esse é o segundo jogo que o Flamengo joga melhor que o adversário, fora de casa, e perde. Contra o Atlético-PR foi igual. Mais 6 pts e diriam que o Flamengo está disputando o título, mesmo com esse timeco. O detalhe (gol) faz toda a diferença.

Não vencerá o campeonato quem souber ganhar as partidas no detalhe e sim quem não der chances para o detalhe decidir a partida.

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A volta do riso

Hoje percebi que faz um tempo que não escrevo um post. Deve ser pela minha desilusão com o time do Flamengo, ele não me motiva a escrever nada. Sei que o time está passando por um processo de restruturação, que o dinheiro tá escasso blablabla… Mas continuo irritado com o esquema, que não deixa os laterais jogarem e a inoperância das categorias de base do clube, que não conseguem revelar nem um homem de frente razoável.

Em contrapartida, esse ano tenho visto os jogos do Santos, é um belo entretenimento, mas falta adrenalina de torcedor. Para resolver tal problema, Mano Menezes convocou os caras pra seleção. Diversão garantida, emoção, sorriso no rosto, eventuais gargalhadas.

Vocês viram o jogo? Dois belos gols, duas bolas na trave, várias chances na cara, balões e pedaladas infinitas (coitado do lateral direito americano). Volantes seguros, bons passes. Zaga firme e ágil. Só o Daniel Alves destoou do time, errou quase tudo que tentou, assim como na Copa, e tava nervosinho, só não tomou cartão porque era amistoso. Até esse fato serviu pra mostrar claramente a diferença da nova era pra antiga. Foi um tapa na cara do Dunga.

Tá certo que foi só o primeiro jogo, mas sou otimista e já consigo ver essa seleção invicta por um bom tempo. E digo isso com um sorriso no rosto.

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Um sonho possível

Um dos maiores problemas do futebol brasileiro é sem dúvida a falta de compatibilidade do calendário com o do resto do mundo. Sofremos com a famosa janela, que na verdade, no Brasil é a porta da sala e na Europa é a porta da cozinha, fazendo o movimento inverso.

Talvez a única vantagem do nosso calendário se dê de 4 em 4 anos, quando os jogadores chegam à Copa do Mundo extenuados após o fim da temporada européia, enquanto a temporada brasileira está indo de vento em popa. Mas, como todos sabem, não tiramos proveito disso porque apenas 1% da seleção joga no Brasil.

A minha ideia é de que os jogadores da seleção ( serão no máximo 30 na expectativa de serem convocados) venham, pelo menos por empréstimo, jogar 1 ano no Brasil, em 2013, visando à Copa do Mundo. Ficarão mais próximos do povo, atrairão mídia mundial para o futebol do país e, o mais importante, chegarão voando na Copa. Será utopia?

Claro que o sonho ainda é que os jogadores voltem de vez, tornando o campeonato brasileiro o mais forte do mundo. Assim, os valores de patrocínios e cotas de TV seriam muito mais altos e conseguiriam pagar os salários desses jogadores. Acho que nestas circunstâncias, muitos até aceitariam ganhar um pouco menos. Mas isso não acontecerá em 4 anos , por isso a solução paliativa acima, que poderia até funcionar como ponto de partida para o início do conto de fadas.

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O melhor e o pior emprego do futebol

Material humano não vai faltar para Mano Menezes, o próximo técnico da seleção brasileira. Alguns dos mais promissores jogadores do cenário mundial nasceram aqui. Acredito que deve ser um sonho, para qualquer técnico do mundo, poder convocar qualquer jogador nascido no país pentacampeão mundial de futebol. E a próxima Copa do Mundo é no Brasil, em 2014! Por que então Muricy Ramalho disse não?

Pressão maior do que essa não há! Depois da presidência, o cargo mais importante do Brasil é o de técnico da seleção brasileira. No entanto, quem assumir a seleção agora, em 2010, não tem a menor garantia de que vai chegar em 2014 no mesmo cargo. Vai ser um período muito difícil, com pouco tempo para treinar o time e três competições importantes para ganhar: a Copa América 2011, as Olimpíadas 2012 e a Copa das Confederações 2013.

Quem duvida que a pressão vai ser insuportável em caso de derrota nestas competições? Existe algum resultado aceitável em 2014, que não seja o hexacampeonato? Por fim, ainda existe a possibilidade de o escolhido servir apenas como escada para um técnico mais experiente, como o Felipão.

De certa forma, o trabalho de Muricy já foi reconhecido com esse convite para dirigir a seleção. Tanto ele, quanto Mano Menezes tem um currículo admirável, conquistado nos  últimos anos. Acho o Muricy muito competente, mas talvez o Mano seja a melhor opção para recuperar o jeito brasileiro de jogar futebol, esquecido na era Dunga.

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Humilhe o polvo!

Em mais uma das minhas conversas sobre o fracasso do Brasil na Copa e as expectativas para 2014, eu e Babu tivemos uma ideia que gostaria de abrir para todos. Pensamos em escrever numa folha de papel a escalação do time de 2014, para ver se a gente acertava alguma coisa daqui a 4 anos. Acho que esse é um exercício legal, vai ser engraçado ver nossas previsões quando sair a escalação pra Copa do Brasil.

Aproveitando a existência desse blog, esqueci o papel e caneta e abro espaço para que todos palpitem também. Claro que até lá surgirão outros craques, fiquem de olho nas categorias de base.  Meu time já começa com Thiago Silva, Ganso e Neymar de titulares. Resta saber quem serão os outros 8…

Abaixo, o meu piteco:

1- Julio César

2- Maicon

3- Thiago Silva

4- Mario Fernandes

6- Marcelo

5- Adílson

8- Ramires

7-Giuliano

10- Ganso

9- Pato

11- Neymar

E o seu, qual é?

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Mais do mesmo

Espírito guerreiro, grupo fechado, patriotismo. Melhor zaga do mundo, contra-ataque poderoso. Treinos secretos, jogadores blindados. Campeão da Copa América, Campeão da Copa das Confederações, esculachos na Argentina e liderança nas Eliminatórias da Copa. De nada adiantou, o Brasil caiu nas quartas-de-final mais uma vez, perdendo o jogo na bola parada. Passou em primeiro no grupo, meteu 3 a 0 nas oitavas e voltou pra casa logo em seguida, igualzinho 2006, a Copa do fracasso.

Fico meio envergonhado de não ter previsto isso, ou melhor, de imaginar que isso pudesse acontecer, mas mudar de ideia durante a Copa, empolgado não sei por quê. Os sinais eram óbvios: seleção sem banco, estrelas em má fase, time sem saída de bola e um marginal pedindo pra ser expulso. Acho que confiei demais na zaga, mas futebol não é só isso.

Estou mais puto do que triste com a eliminação. Não me diverti de verdade em nenhum jogo do Brasil, a não ser em lances isolados contra Costa do Marfim e Chile. O sentimento é de ter jogado uma Copa em vão, não serviu absolutamente pra nada, apenas para ver que a renovação é necessária e a teimosia não tem mais vez na seleção. O povo tem sempre razão.  Péssima Copa do Daniel Alves, medíocres atuações do Michel Bastos, omissão do Robinho… Ramires, o único sub-23 da seleção, chegou com vontade e pediu lugar, mas por falta de experiência dele  e de bom senso do Dunga, ficou fora. Ficou a impressão que se tivesse mais moleques na seleça, o time jogaria melhor. Nome conta muito, mas o momento não pode ser desprezado.

Em 2002, o Felipão levou Gilberto Silva, Kléberson e Kaká, todos recém promovidos ao futebol profissional. Os 2 primeiros deram conta do recado. Este ano, a Alemanha conta com Ozil e Muller, dois meninos, e estamos vendo o que eles estão jogando.

Espero que o trabalho para 2014 resgate a essência do futebol brasileiro, de drible e toque de bola, sem perder a objetividade. Que se encerre os discursos moralistas e envolva o povo na escolha dos jogadores. Essa é uma Copa para o Brasil brilhar, tanto em campo, quanto na arquibancada, mas com a premissa de passar uma boa imagem para o mundo, diferente do pisão do Felipe Melo, dos berros do Robinho e do técnico abandonando seu grupo no apito final. Se for campeão, melhor ainda.

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Arquivado em Copa do Mundo de 2010, Rafael Kaczala